O que passou, passou. Aprenda a abrir mão de sentimentos do passado com os conselhos da Dra. Sarah Brewer, uma médica especializada em serenidade e bem-estar
Texto • Carine Portela - Triada
Quando
o passado resolve nos visitar, pode trazer doces lembranças, como
daquelas tardes de infância no sítio da vovó ou daquele delicioso fim de
tarde na praia com aquela pessoa tão especial. Mas nem só recordações
boas ele traz. Vez ou outra, o passado pode bater à porta carregado de
antigos traumas e frustrações.
Em qualquer uma das situações, o importante é lembrar que o que
passou, passou. O passado pode ser encantador ou aterrorizante, pouco
importa. Ele não volta mais. Se você sente dificuldade em deixá-lo para
trás e seguir adiante na caminhada da vida, alguns exercícios de
mentalização e técnicas de relaxamento podem ajudar.
A seguir, confira algumas ideias retiradas do livro Relaxe simplesmente – um guia completo para o relaxamento,
escrito pela médica especializada em qualidade de vida Dra. Sarah
Brewer. Vale a pena colocá-las em prática e, enfim, abrir seus
horizontes para todas as possibilidades que esperam por você.
Liberte-se do passado
O futuro pode parecer incerto e ficamos ansiosos com o presente. A
única coisa que nunca muda é o passado. Assim, para alguns, ele
representa a última segurança, um conjunto de certezas. Quando a
situação está complicada, pode ser tentador pensarmos em como as coisas
costumavam ser. Entretanto, quando você continua obstinadamente dentro
dos limites do que se chama de segurança, a qualidade de cada momento do
presente será apreciada somente como parte do passado. É preciso
livrar-se dele para relaxar.
Imagine que seu passado é um porão enorme, escuro, escondido do mundo
por uma porta pesada de madeira e com uma fechadura segura. Você entra –
está frio e seco. Pelas paredes há fileiras de baús e potes. Cada um
contém tesouros de nossas lembranças. Comece a explorar o porão. Abra os
potes um por um e deixe algumas lembranças aflorarem. Você pode se
lembrar de um passeio no verão quando fez amigos novos, maravilhosos;
quando saiu de casa para começar vida nova em outra cidade; ou do
momento em que conheceu seu companheiro. Algumas lembranças são tristes
ou desconfortáveis, como quando não passou num exame ou terminou em
relacionamento, mas pense no quanto aprendeu com as frustrações. E
orgulhe-se ao redescobrir suas conquistas. Como elas afetam sua vida
agora? Há alguma lição que gostaria de levar consigo do porão?
Agora, olhe com cuidado para o próprio porão. É escuro, empoeirado,
cheio de teias de aranha, não é um lugar saudável. Contém todas as
experiências que o moldaram ao longo do tempo, mas não há nada de
aconchegante, caloroso ou convidativo nele. Agora que já está lá há
algum tempo, você sente frio. Quando estiver pronto, prepare-se para
sair do porão. Tranque a porta atrás de você e imagine-se esticando a
ponta dos pés para pendurar a chave num gancho alto. As lembranças
estarão sempre à mão, mas repousam num lugar em que você prefere não
morar, e não estão livres para afetar o presente.
Derreta a escultura de gelo
Pode ser difícil deixar o passado para trás, especialmente se o que
está diante de nós parece um desafio. Mas os benefícios do presente e do
futuro suplantam em muito o custo de viver ancorado no passado. Este
exercício o ajudará a seguir adiante:
• Feche os olhos e
imagine que caminha num ambiente inóspito. No trajeto, há um bloco de
gelo que representa seu passado. Está congelado na forma de uma bela
ave, um cisne, por exemplo.
• Pense nas dificuldades
passadas. Como elas o atingem agora? Por exemplo, tem medo de pedir
aumento porque foi recusado da última vez? Faça mentalmente uma lista de
suas conquistas que justificariam um aumento de salário. Valorize-se.
• Cada pensamento
positivo provoca um golpe de ar quente sobre o gelo. O pássaro começa a
derreter, formando uma poça de água limpa.
• A poça representa o seu
presente. É formado de sabedoria, conhecimento, experiências e ações
acumuladas do passado, mas é fluido, mutável e capaz de passar ao largo
de qualquer obstáculo.
Só depende de nós!
Emerson Nogueira Vila Nova
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