Já parou para pensar que o problema de sobrepeso que você está enfrentando hoje, essa sanha por comida, essa gula exacerbada, tem ligação com traumas e sentimentos torpes ligados à sua primeira infância, talvez até mesmo com os primeiros momentos de amamentação? Pois é, a obesidade também está ligada a problemas emocionais, a sentimentos estranhamente ocultos em nossas entranhas. E eis que a hipnose clínica surge como forte aliada nessa luta contra o viés da balança.
Muitas vezes o descontrole alimentar de hoje está ligado a experiências mal-sucedidas, pequenas frustrações, que tivemos na hora de nos alimentarmos na infância; brigas familiares à mesa, comidas as quais fomos forçados a engolir, ou até mesmo frieza e falta de carinho materno na hora de nos dar de mamar.
Os céticos podem até desacreditar, mas a hipnose clínica é um ramo da psicoterapia e são vários os casos de resultados positivos.
Transe hipnótico pode levar paciente à origem do problema
“Voltar a ser criança de novo e voltar a sentir aquele prazer de se alimentar, de comer bem, de sentir prazer pela comida; porque quem come muito não sente prazer pela comida”, diz o hipnoterapeuta. De acordo com ele, alguns pacientes não conseguem associar uma lembrança boa com a questão alimentar; talvez por associar o momento de comer a alguma briga familiar, algum problema, talvez por a comida não ser gostosa, não ter sido feita com carinho.
“Então, essa é uma forma de eu diagnosticar a relação que o paciente vai ter com a comida e para que ele possa, nos dias atuais, resgatar o prazer de comer. Como eu falei: quem come muito, não sente prazer. E você percebe que a comida vai preenchendo no seu corpo, na sua vida, que antes estava vazia”, ele vai falando para a paciente em transe diante dele.
“Às vezes a gente tem algum sentimento, como faltasse alguma coisa na vida da gente, sentimentos que a gente não fala para outras pessoas. E nesse momento (do transe) é você com você mesmo”, comenta.
Doutorado em hipnose contra a obesidade
A tese de doutorado do médico e professor universitário Jorge Boucinhas versou sobre o emprego da hipnose no tratamento da obesidade, isso no final da década de 1970, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para tanto, ele tratou de 100 pacientes, durante seis meses, metade medicada com anfetamínicos e outra parte sem esse recurso, tratada com recursos hipnóticos. Os resultados, segundo ele, foram positivos, nos dois casos; o que atestou a eficácia do método.
“Não houve diferença significativa entre os tratados por hipnose e os tratados com medicamentos, o que convalida, segundo a metodologia científica vigente, a validade da hipnose como terapêutica para o excesso de peso”, relata Boucinhas.
De acordo com o médico e terapeuta, os usos clínicos mais frequentes da hipnose na prática médica cotidiana são casos de doenças psicossomáticas, em especial asma, impotência e frigidez sexuais, e ainda dispepsia crônica (dificuldade na digestão de alimentos) e gastrites, enurese noturna infantil (xixi na cama), certas enxaquecas, urticária, obesidade e dermatites de causa psicogênica.
Fonte: Tribuna do Norte; 2011
Fiz questão de expor está reportágem pelo grau de importância e esclarecimento que ela possibilita aos que buscam outros meios que não o ditos "convencionais", para aliviar suas necessidades atuais. Desde quando iniciei meu contato/trabalho com a hipnose clínica, tive algumas experiências pessoais de tratamento com a hipnose para este fim, e as respostas são realmente muito significativas.
O caso mais recente que pude fazer uso da hipnose clínica para o tratamento da obesidade é digno de um trabalho científico, e cabe resaltar que toda a conquista de forma alguma foi minha, mas sim do próprio paciente que se mostrou interessado, responsável e motivado para o tratamento, e isso são requesitos fundamentais. Para encurtar a conversa, tal paciente teve uma redução de nada menos que 10kg em apenas um mês...pode mesmo isso ser possível apenas com a hipnose? Bem amigos, contra fatos pouca são as formas de se opor e contestar...apenas aconteceu realmente e pode acontecer outras vezes, afinal, mente sã...corpo são!
Fraterno abraço,
Emerson Nogueira Vila Nova