Na
última semana, entrou em pauta em uma novela um assunto ainda muito desconhecido do grande
público: a Hipnose. A novela, que tem como cenário principal um hospital escolheu a hipnoterapia
como tratamento alternativo no processo de recuperação de memória do personagem, que após acidente teve
parte de suas lembranças esquecidas. Na cena, a
hipnoterapia é apontada como o método mais rápido eficaz para o combate da amnésia.
A opção do psicólogo fictício é comentada na vida real pela professora e
psicóloga Regina Nohra, diretora presidente do Instituto de Hipnose Milton H.
Erickson de Petrópolis, filiado à The Milton H Erickson Foudation, INC,
Phoenix, AZ USA e com escritório no Rio de Janeiro. Segundo ela, optar
pela hipnose clínica é uma maneira sábia e eficaz de conduzir a reabilitação
deste personagem. “Se a perda da memória for diagnosticada como uma lesão
definitiva, não tem como nenhuma psicoterapia resolver. Mas para se chegar a
este diagnóstico é necessário ter acesso a exames como ressonância magnética,
tomografia computorizada, EEG digital com mapeamento cerebral computorizado.
Quando não há esta lesão definitiva, a hipnose é uma excelente coadjuvante no
processo do tratamento neurológico, propiciando a plasticidade neuronal e a
plasticidade emocional (sistema límbico), ou seja, através do transe hipnótico
o paciente é induzido a recordar, sentir, ter acesso às lembranças”, diz Nohra.
"Olhe para o pêndulo à sua frente. Relaxe. Você está ficando com sono, muito
sono... suas pálpebras estão ficando pesadas... você não consegue ficar com os
olhos abertos, está prestes a mergulhar em um sono pesado".
Quem
nunca ouviu que essas frases são um roteiro infalível para hipnotizar
alguém? Até hoje ainda há muito preconceito relacionado à hipnose. Isso
porque as pessoas associam essa técnica a uma espécie de show de mágica em que
a plateia é induzida a fazer o que não quer, como comer uma cebola achando que
é uma maçã ou cacarejar como uma galinha e, em seguida, não lembrar de nada
disso. Mas a hipnose é muito mais, e há outras formas de aplicá-la.
A
professora Regina Nohra explica que a hipnose é um estado amplificado da
consciência. “É você usar o seu cérebro na totalidade através do transe, um
estado em que o paciente fica consciente de uma forma diferenciada. Costumo dizer
que ele ( o paciente) fecha os olhos para o mundo de fora e os abre para o
mundo do inconsciente, onde ativará recursos internos para solucionar diversas
dificuldades, no caso da novela, a memória”, diz, lembrando que entramos
em transe várias vezes por dia. “Sabe quando dirigimos até determinado local e,
ao chegar lá, não lembramos que caminho fizemos? Ou quando estamos ouvindo
música, o CD acaba e só percebemos o silêncio vários minutos depois? Se você
está lendo um livro, vendo um filme e não percebe os ruídos à sua volta, está
em estado de transe", acrescentou.
A
Hipnose é uma prática milenar, e segundo análise publicada na revista
American Health Magazine, a recuperação acontece em 93% dos casos, num período
de um mês e meio. Enquanto a psicanálise resolve 38% dos casos em cerca de 11
anos e a terapia comportamental 72%, em aproximadamente seis meses, a "hipnose
é um instrumento importante que pode ser usado no tratamento de
inúmeros sintomas em diferentes diagnósticos".
Na medicina, a hipnose irá auxiliar os tratamentos de psiquiatria, anestesia em
cirurgias, doenças psicossomáticas, ginecologia e obstetrícia, controle de
sangramento, tratamento de queimaduras, dermatologia, pediatria (enurese
noturna, pesadelos, inadaptação), controle da dor, controle de vícios. Já na
psicologia seu uso abrange males mais comuns, como: tabagismo, emagrecimento,
fobias, depressão, ansiedade, problemas sexuais, alcoolismo, problemas de fala,
terapia de regressão de idade, dores crônicas, autoestima e melhoras na
concentração ou memória. De acordo com Regina Nohra, existe a hipnose clássica
(autoritária partindo do hipnólogo para o paciente) e a hipnose naturalista, com
a qual ela trabalha.
Regina
Nohra explica ainda que a hipnose nos dias atuais é amplamente aceita e
respeitada, inclusive por estar de “mãos dadas” com a neurociência. "A hipnose
como prática clínica é a psicoterapia do SÉC XXI, deste século, onde
através de suas técnicas leva o indivíduo a acessar seus
recursos internos resolvendo os problemas que impedem seu bem estar".
Nohra não negligencia nenhuma corrente para privilegiar a hipnose, entretanto
não pode deixar de pontuar a eficácia da hipnose enquanto prática clínica
que “atende as grandes transformações que vêm ocorrendo no campo das
psicoterapias, é um tratamento breve e focal, evitando o interminável
processo psicoterapêutico”.
Fonte: Jornal da Bahia
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