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Como é BOM receber sua visita em nosso cantinho virtual! Emerson Nogueira Vila Nova, fundador do Centro de Terapias Complementares - HARMONIZE, é Fisioterapeuta (Ucsal), Hipnoterapeuta, Pós Graduado em Terapia Regressiva, Pos Graduado em Acupuntura, Reikiano, Terapeuta Floral, Palestrante e acima de tudo, um grande admirador das potencialidades ineretes ao ser humano. Talvez seja por isso que aqui no HARMONIZE nosso maior tesouro é te ver sorrir, sentir-se bem, em busca de conquistas cada vez mais especiais, e dividir contigo todo o nosso carinho, respeito e motivação para seguir sempre adiante. Será uma IMENSA alegria para nós estarmos sempre ao teu lado compartilhando de cada uma dessas emoções especiais, pois esse é o verdadeiro sentido de nossa existência...aproveite cada momento e HARMONIZE SUA VIDA.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Stresse: Bom ou Mau?


"Esgotado.” “Sobrecarregado.” “Exausto.” “Esmagado.”
    Estas são algumas das palavras que usamos para descrever o impacto que têm sobre nós as tensões do dia-a-dia. É aquilo a que, vulgarmente, chamamos “stresse”. E todos nós, uns mais outros menos, enfrentamos situações de tensão e de ansiedade, situações de stresse. Todos gostaríamos de saber, de forma simples e prática, como lidar com ele, porque todos percebemos que esse stresse pode minar a nossa saúde.
O nosso objetivo, ao trazermos perante o amigo Leitor estas linhas, é precisamente esse: dar-lhe algumas dicas para enfrentar o stresse com êxito, tornando-o seu aliado e não seu inimigo.
À partida, deixemos clara uma coisa: o stresse afeta todos os aspetos da nossa vida e quanto mais saudável for o nosso estilo de vida, mas fácil será lidar com o stresse. Se o amigo Leitor seguir os conselhos de saúde e bem-estar que lhe temos dado nas páginas desta sua revista, terá dado um grande passo para enfrentar com êxito as tensões da vida.

Stresse e stressor    Muitas pessoas definem a intensidade do stresse pelas coisas que têm de enfrentar – os problemas e as preocupações com que têm de lidar – e isso torna-as vítimas de tudo o que as rodeia. No entanto, as inúmeras pesquisas feitas nesta área mostram que não é o que temos de enfrentar, mas sim a forma como enfrentamos essas coisas que define a gravidade do stresse.
    Precisamos, portanto, de perceber a diferença entre stresse e stressor,1 ilustrada na Figura 1.
Assim, “stressor” refere-se às forças exteriores, ou seja, aos problemas e às preocupações com que temos de lidar; “stresse” refere-se à resposta que a pessoa dá aos stressores. Apresentamos alguns dos stressores mais vulgares atualmente:
Temos, portanto, stressores ambientais ou físicos (poluição, calor, etc.), mentais (prazos, finanças,…), sociais (em casa, no trabalho, na escola, na vizinhança,…), espirituais (quando as circunstâncias exteriores ou as nossas decisões interiores entram em conflito com os nossos objetivos, valores ou crenças religiosas).
   
Devemos reconhecer que nem todos os stressores são maus. A resposta que lhes damos é que pode ser má. Uma boa notícia é um stressor positivo, mas podemos reagir de forma negativa, devido ao que ela implica.
   
Na verdade, é necessária uma certa quantidade de stressores, para que consigamos viver de forma normal. Por exemplo, no trabalho, se a pressão for mínima, o desempenho será mínimo, se ela for excessiva, o desempenho será péssimo, mas se for a ideal, o desempenho será máximo. A Figura 2 ilustra a ideia que estamos a querer transmitir.
    Esta curva de desempenho não é específica para um qualquer tipo de pessoas, mas é de aplicação geral, já que cada um de nós tem a sua própria curva, com os seus níveis pessoais de pressão e de desempenho. Todos funcionamos melhor com um certo nível de pressão. Demasiado pouca ou em excesso é contraproducente.
   
Agora propomos-lhe uma atividade: fazer uma lista dos 10 principais stressores que tem na sua vida. Não ignore nenhum, indo dos mais exteriores até aos mais interiores e sociais. Isto porque o primeiro passo para lidar bem com os stressores é ter consciência deles e perceber como atuam.

Respostas aos stressores
   
Depois de fazer a sua lista de stressores, analise as respostas que lhes dá. De início, podemos considerar como geral a resposta, uma vez que ela é mais ou menos comum a todos os stressores.2 Foi a isto que o Dr. Hans Selye chamou “Síndrome de Adaptação Geral”. Na sua perspetiva, a resposta ao stressor passa por três fases:
   A primeira fase é um “toque a rebate”, é uma resposta imediata ao stressor, em que predominam os sintomas físicos. Costuma ser uma fase relativamente curta.
Se o stressor continua a atuar, segue-se a Fase 2, em que a pessoa resiste ao stressor. As mudanças orgânicas agudas provocadas na Fase 1estão quase todas estabilizadas e parece que a pessoa está a lidar bem com o stressor. Se for esse o caso, a situação pode prolongar-se por bastante tempo, mantendo a pessoa uma saudável resistência. Se não conseguir lidar com o stressor, há um desgaste, há energia que é despendida quando a pessoa tenta lutar contra o stressor. Esta fase também pode prolongar-se por bastante tempo e, à medida que se prolonga, torna-se cada vez mais difícil enfrentar o stressor com êxito. Podem surgir efeitos mentais e sociais. Também podem surgir novas respostas. Se o stressor continuar a estar presente pode levar a pessoa à fase 3, exaustão. Quando a pessoa se encontra nesta fase, e o stressor continua a exercer a sua ação, a doença e, por vezes, a morte podem ser o resultado.
stress_68216269.jpg   Importante como possa ser a reação de alarme da fase 1, as alterações físicas que ela provoca podem não ser as mais adequadas para alguns stressores. Se, por exemplo, o stressor for uma data limite, ou uma dificuldade financeira, ou um problema familiar, certamente que a predisposição do corpo para uma atividade física imediata (Fase 1) não será a mais útil. Na Figura 3 ilustramos alguns dos efeitos do stressor sobre o corpo, na Fase 1.
   Ou seja, o corpo está preparado para uma de duas coisas: fugir ou lutar. Por outro lado, embora nesta Fase 1 também aumente a atividade mental, o cérebro pode não conseguir concentrar-se o suficiente para tomar uma decisão inteligente. Na verdade, à medida que o stressor mantém a sua ação, a atividade mental torna-se menos clara e, nas fases finais da Fase 2, podem começar a surgir alguns efeitos preocupantes do stressor sobre a mente e sobre os relacionamentos sociais da pessoa.
Nas Figuras 4 e 5 ilustramos alguns dos efeitos provocados por um stressor permanente na mente e na vida social da pessoa.
   
Assim, vemos que a exposição contínua a um stressor pode resultar numa variedade de efeitos mentais e sociais.3 E se estes efeitos estiverem presentes, quer em nós quer em alguém que nos é próximo, deveremos prestar muita atenção, porque isso pode querer dizer que a passagem à Fase 3, a fase da exaustão, está iminente, ou pode até já ter começado (perda de controlo, depressão).
Por isso, amigo Leitor, olhe de novo cuidadosamente para a sua lista de stressores e tente perceber se alguns destes efeitos estão a revelar-se no seu comportamento. Pode ser o momento de agir imediatamente nessas áreas.
Para o ajudar a perceber qual a sua situação em relação ao stresse propomos-lhe um teste simples.
E com isto terminamos a primeira parte do nosso tema: compreender o stresse que vivemos e os stressores que nos afligem. No nosso próximo número veremos consigo as melhores formas de responder à ação desses stressores.
Até lá, pois.
Manuel Ferro
Redação Saúde & Lar
*Tema adaptado de Neil Nedley, Proof Positive, pp. 325-330.
** Teste retirado da obra Mente Positiva, de Julián Melgosa, p. 117, editado pela Publicadora SerVir, 2011.
1. Selye, H., “The evolution of the stress concept”, Am Sci, 1973, Nov-Dec; 61(6):692-699.
2. Ibidem.
3. Rice, PL., Stress and Health: Principles and Practice for Coping and Wellness. Pacific Grove, CA: Brooks/Cole Publishing Company, 1987, pp. 209-211.


Fonte: Revista Saúde e Lar.

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