Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala.Na
medida em que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada
por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente.
O professor
iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se
manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos
demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de
propósito, no centro do lençol branco.Depois de perguntar a todos se
o ponto negro era a única coisa que viam, e ouvir a resposta
afirmativa, o professor lançou outra questão: Vocês não estão vendo
todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto
preto e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa?
Naquele
momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e
educar a visão, para perceber melhor o conjunto e não ficar atento
somente aos pormenores ou às coisas negativas.
Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e situações que nos rodeiam.Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom.
Se
um amigo sempre nos trata com cortesia, com afabilidade e atenção e,
num determinado momento, nos trata de maneira áspera, pronto. Tudo o que
ele fez até então cai por terra. Já nos indignamos e o conceito que
tínhamos dele até então, muda totalmente.
É como se nossos olhos só pudessem ver o pequeno ponto negro.
Não
levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga estar
precisando da nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com
dificuldades e por isso nos tratou de forma diferente.
Temos sido tão exigentes com os outros!Mas, se somos nós que estamos indispostos, todos têm que suportar nosso mau-humor, nossa falta de cortesia.
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