Entender como o próximo percebe o mundo à sua volta pode facilitar a comunicação e diminuir as dificuldades de relacionamento
Fonte: ArcaUniversal
Aprendemos quando crianças que
comunicação pede três elementos: emissor, mensagem e receptor. Na teoria
parece simples, mas na prática complica, pois há pessoas com quem
simplesmente não conseguimos nos fazer entender. Daí aparecem as
dificuldades nos relacionamentos, sejam eles pessoais, profissionais ou
sociais.
Carla Correia, psicóloga especializada
em Programação Neurolinguística e Liderança, diz que todos somos dotados
de três canais de comunicação que usam nossos cinco sentidos: os canais
visual, auditivo e sinestésico (que reúne olfato, paladar e tato). A
dificuldade de comunicação acontece porque cada pessoa, de acordo com os
estímulos exteriores que recebe, desenvolve com mais intensidade um ou
dois destes canais e se comunica com o mundo à sua volta pelo mais
desenvolvido.
Isso não seria um problema, segundo
Carla, “não fosse o fato de esperarmos que os outros se comuniquem
conosco usando exatamente aqueles canais que nos são mais acessíveis de
compreensão”. Um indivíduo mais visual, por exemplo, pode achar ruim o
fato de outra pessoa, de percepção mais auditiva, não olhar para ele
quando fala. O visual pede o “olho no olho” e o auditivo, sem perceber,
vira a orelha para o interlocutor, irritando-o por não estar olhando
para ele.
Segundo a psicóloga, as diferenças
resultam em queixas como “Não consigo entender meu chefe. Ele fala, fala
e eu não sei o que ele quer”. Ou “Não tenho paciência com o meu marido.
Ele não entende o que eu digo”. E até mesmo “Será que estou falando
grego? Eu falo uma coisa e meu filho entende outra”. Tal dificuldade,
explica Carla, gera conflitos, intolerâncias e causa estragos em
importantes áreas de nossa vida: família, trabalho e convívio social.
Há solução? A especialista mostra: “Se
conseguirmos entender o ‘idioma’ da outra pessoa, a comunicação se torna
mais fácil”. Mas como decifrar isso? A seguir, Carla explica os
diferentes canais e comportamentos correspondentes:
Visual – Quem o
desenvolveu mais retém e apreende informações pela imagem. Bom
fisionomista, mas não muito bom em guardar nomes, por exemplo. Prefere
ambientes com cores combinadas, harmônicos. Embora seja de fala rápida, é
bom contador de casos e suas histórias são mais vívidas.
Auditivo – Tem mais
foco nas informações que lhe são passadas. Prefere iniciar e terminar
uma tarefa antes de começar outra (mente convergente), atendo-se a uma
de cada vez. Costuma falar mais baixo e gosta de explicar tudo em
detalhes. Segundo Carla, “qualquer coisa que você disser a um auditivo
hoje poderá ser usada contra você – ou a favor – para o resto da vida”.
Cinestésico – Gosta de
aprender fazendo. Não gosta de ficar de fora de conversas e projetos.
Gosta muito de organizar, desenvolver e executar projetos, como um
evento na empresa ou uma festa na família. Faz questão de estar junto,
interagindo. De sensibilidade muito aflorada, tem curiosidade por
sensações diferentes (sabores, por exemplo). Carla acrescenta: “É uma
pessoa que diz detestar falar ao telefone, mas passa horas ‘pendurada’
ao aparelho conversando e, antes de desligar, já quer combinar um
encontro, porque só o telefonema, para ela, é pouco”.
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