Ao contrário do ar contaminado dos centros urbanos,
que pode conter até oitenta e cinco mil partículas de pó por decímetro
cúbico, o dos bosques é especialmente puro e são. Só um ar tão isento
quanto possível de pó, bactérias e contaminantes assegura o bom
funcionamento dos órgãos respiratórios e garante a oxigenação correcta
de todas as células do corpo.
Um ar saudável tem poder curativo, mas para isso precisa de ser correctamente inalado. O ar puro e a respiração correcta são necessários para desfrutar da boa saúde e para combater as doenças.
Um ar saudável tem poder curativo, mas para isso precisa de ser correctamente inalado. O ar puro e a respiração correcta são necessários para desfrutar da boa saúde e para combater as doenças.
A respiração
Podemos passar mais de um mês sem comer, uma semana sem beber, mas apenas podemos estar cinco minutos sem respirar.
Este acto vital, natural e aparentemente simples como o é a inalação de ar, fazemo-lo sem cessar desde que nascemos até morrermos, com uma frequência média de 12 a 16 vezes por minuto. Numa inspiração superficial entra, nos nossos pulmões, aproximadamente meio litro de ar, mas a capacidade pulmonar total de um adulto oscila entre quatro a seis litros.
O objectivo da respiração é que o oxigénio do ar possa passar para o sangue e ser transportado para todas as células do organismo, onde é utilizado na combustão dos hidratos de carbono, gorduras e proteínas. Como resultado dessa combustão, produzem--se energia e algumas substâncias residuais, como o gás dióxido de carbono. O sangue recolhe o dióxido de carbono e transporta-o para os pulmões, onde é eliminado com a respiração.
Quando se faz exercício físico, a necessidade de oxigénio, nas células musculares, aumenta. O mesmo acontece com a quantidade de dióxido de carbono a expulsar. O resultado é o aumento da frequência respiratória e a profundidade de cada respiração, o que, por sua vez, requer uma adaptação do aparelho cardiovascular: o coração bate mais depressa, e com cada batida envia mais sangue a uma pressão maior, a todo o organismo.
O ar compõe-se de 78% de nitrogénio, 21% de
oxigénio e 1% de outros gases. A saúde dos nossos pulmões e de todo o
nosso corpo depende de uma respiração correcta e de que se mantenha a
proporção certa entre os gases que formam o ar. Mas nem sempre é assim.
Estas são algumas causas de respiração incorrecta ou deficiente:
‹ Respiração superficial.
‹ Ventilação insuficiente em locais fechados.
‹ Contaminantes atmosféricos.
‹ Fumo de cigarro.
‹ Respiração superficial.
‹ Ventilação insuficiente em locais fechados.
‹ Contaminantes atmosféricos.
‹ Fumo de cigarro.
Prejuízos de uma respiração superficial ou incompleta:
‹ Diminuição da afluência de sangue às zonas dos pulmões onde o ar não chega de forma adequada, o que produz uma maior susceptibilidade a infecções das vias respiratórias.
‹ Sonolência.
‹ Desinteresse, falta de concentração, fadiga intelectual, irritabilidade.
‹ Diminuição da afluência de sangue às zonas dos pulmões onde o ar não chega de forma adequada, o que produz uma maior susceptibilidade a infecções das vias respiratórias.
‹ Sonolência.
‹ Desinteresse, falta de concentração, fadiga intelectual, irritabilidade.
A inspiração em três fases: • Inspire o ar tentando que se levante o livro do abdómen. Ao consegui-lo estará a exercitar o diafragma e a ventilar a parte inferior dos pulmões. Não deve esgotar toda a capacidade inspiratória, de forma a que guarde uma reserva para as duas fases seguintes. • Depois, tente que se eleve o segundo livro, colocado sobre a parte inferior do tórax. Ao fazê-lo, estará a accionar os músculos internos (os que existem entre as costelas), com o que favorecerá a ventilação da zona média dos pulmões. • Em último lugar, tente levantar o terceiro livro. Desta forma acciona os músculos auxiliares da respiração que há na zona do pescoço, e consegue melhorar a ventilação dos vértices superiores dos pulmões.
Na expiração, proceda de forma inversa, mas empregando o dobro do tempo em cada passo.
Com estes exercícios consegue ventilar profundamente os pulmões e em todas as suas regiões anatómicas (chamadas lóbulos pulmonares). Quando tiver aprendido a exercitar os músculos respiratórios na posição deitada, será fácil realizar os mesmos movimentos estando de pé. |
Estes exercícios são realizados, primeiro,
deitado na cama ou no sofá. Pegue em três livros pequenos e coloque-os: • um sobre o abdómen, • outro na parte inferior do tórax, • e o terceiro na parte superior do tórax. |
Benefícios de uma respiração correcta:
‹ O ar chega a todas as zonas dos pulmões, o que faz com que o sangue circule adequadamente por elas.
‹ Como consequência, produz-se um aumento da resistência local às infecções das vias respiratórias (laringe, traqueia, brônquios).
‹ As mucosidades retidas nas vias respiratórias movimentam-se e são expelidas pela expectoração e tosse, o que melhora o estado das mucosas respiratórias e aumenta a sua resistência às infecções.
‹ Melhora o rendimento intelectual e o tono vital.
Como respirar correctamente:
Passamos a vida a respirar, mas isso não significa que o façamos bem. Temos de aprender a respirar profundamente, enchendo bem os pulmões de ar, eliminando-o com lentidão e profundidade. Devemos praticar a respiração correcta, até que se converta num hábito natural e espontâneo.
• Evitar respirar pela boca, pois o nariz é o órgão desenhado precisamente para controlar a temperatura e a humidade do ar que entra nos pulmões. O nariz também filtra as partículas estranhas, que de outra maneira iriam directamente para os pulmões.
• Manter uma postura erguida, com os ombros para trás e o tórax para a frente, para permitir uma respiração profunda.
• Fazer pelo menos três respirações profundas, três vezes por dia, com a janela aberta ou, melhor ainda, ao ar livre. Enquanto se caminha ou se sobem escadas, também se pode exercitar a respiração profunda, adaptando-a ao ritmo das pernas.
A respiração profunda pode servir de válvula de escape emocional perante o stresse. Proporciona novas forças e uma mente clara.
Precaução
A sensação de enjoo que se costuma produzir ao aumentar o ritmo respiratório deve-se ao facto de se eliminar o dióxido de carbono com demasiada rapidez com o ar expirado. Baixe o ritmo até se adaptar.
A sensação de enjoo que se costuma produzir ao aumentar o ritmo respiratório deve-se ao facto de se eliminar o dióxido de carbono com demasiada rapidez com o ar expirado. Baixe o ritmo até se adaptar.
Ernest Schneider - Fonte: Revista Saúde & Lar
Médico
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